Zumbi dos Palmares

Zumbi dos Palmares nasceu no estado de Alagoas no ano de 1655. Foi um dos principais representantes da resistência negra à escravidão na época do Brasil Colonial. Foi líder do Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos das fazendas. O Quilombo dos Palmares estava localizado na região da Serra da Barriga, que, atualmente, faz parte do município de União dos Palmares (Alagoas). Na época em que Zumbi era líder, o Quilombo dos Palmares alcançou uma população de aproximadamente trinta mil habitantes. Nos quilombos, os negros viviam livres, de acordo com sua cultura, produzindo tudo o que precisavam para viver.

Embora tenha nascido livre, foi capturado quando tinha por volta de sete anos de idade. Entregue a um padre católico, recebeu o batismo e ganhou o nome de Francisco. Aprendeu a língua portuguesa e a religião católica, chegando a ajudar o padre na celebração da missa. Porém, aos 15 anos de idade, voltou para viver no quilombo.

No ano de 1675, o quilombo é atacado por soldados portugueses. Zumbi ajuda na defesa e destaca-se como um grande guerreiro. Após um batalha sangrenta, os soldados portugueses são obrigados a retirar-se para a cidade de Recife. Três anos após, o governador da província de Pernambuco aproxima-se do líder Ganga Zumba para tentar um acordo, Zumbi coloca-se contra o acordo, pois não admitia a liberdade dos quilombolas, enquanto os negros das fazendas continuariam aprisionados.

Em 1680, com 25 anos de idade, Zumbi torna-se líder do quilombo dos Palmares, comandando a resistência contra as topas do governo. Durante seu “governo” a comunidade cresce e se fortalece, obtendo várias vitórias contra os soldados portugueses. O líder Zumbi mostra grande habilidade no planejamento e organização do quilombo, além de coragem e conhecimentos militares.


O bandeirante Domingos Jorge Velho organiza, no ano de 1694, um grande ataque ao Quilombo dos Palmares. Após uma intensa batalha, Macaco, a sede do quilombo, é totalmente destruída. Ferido, Zumbi consegue fugir, porém é traído por um antigo companheiro e entregue as tropas do bandeirante. Aos 40 anos de idade, foi degolado em 20 de novembro de 1695.

Zumbi é considerado um dos grandes líderes de nossa história. Símbolo da resistência e luta contra a escravidão, lutou pela liberdade de culto, religião e pratica da cultura africana no Brasil Colonial.

quarta-feira, agosto 25, 2010

Dia da Consciência Negra

O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de Novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A semana dentro da qual está esse dia recebe o nome de Semana da Consciência Negra.

A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. Apesar das várias dúvidas levantadas quanto ao caráter de Zumbi nos últimos anos (comprovou-se, por exemplo, que ele mantinha escravos particulares) o Dia da Consciência Negra procura ser uma data para se lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte forçado de africanos para o solo brasileiro (1594).

Algumas entidades como o Movimento Negro (o maior do gênero no país) organizam palestras e eventos educativos, visando principalmente crianças negras. Procura-se evitar o desenvolvimento do auto-preconceito, ou seja, da inferiorização perante a sociedade.
Outros temas debatidos pela comunidade negra e que ganham evidência neste dia são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se há discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e beleza negra, etc.

O dia é celebrado desde a década de 1960, embora só tenha ampliado seus eventos nos últimos anos; até então, o movimento negro precisava se contentar com o dia 13 de Maio, Abolição da Escravatura – comemoração que tem sido rejeitada por enfatizar muitas vezes a "generosidade" da princesa Isabel, ou seja, ser uma celebração da atitude de uma branca.




quarta-feira, agosto 18, 2010

ÁFRICA – NATUREZA E CULTURA DE MÃOS DADAS



Apesar das guerras constantes, da seca, da fome e da miséria que assolam seu povo, a África é um dos lugares mais belos e magníficos do planeta. Há algum tempo atrás muitos dos animais africanos, foram vítimas de caçadores inconseqüentes e ordinários, o que quase levou a extinção de alguns animais como o Rinoceronte Branco, o Leopardo, o Gorila da Montanha, o Crocodilo, o Elefante, o Búfalo e muitas outras espécies.

Mas graças a pesquisadores, ecologistas, e conscientização e colaboração das comunidades tribais locais e leis ambientais, foram criadas várias reservas na África que tem como objetivo a preservação da fauna e flora, onde, se pode ver de perto, os animais de grande porte que vivem em plena liberdade e circulam livremente fora da mira de caçadores, numa natureza exótica e exuberante.

O imaculado continente africano proporciona, em várias regiões, uma aventura incrível e enriquecedora, através de safáris no deserto ou nas savanas – uma experiência única que alia a beleza natural com a riqueza das diversidades culturais e étnicas, tudo se integrando na mais perfeita harmonia como o pôr-do-sol diário abençoado por Deus.

Curiosidades da cultura afro-brasileira

Os instrumentos afro-brasileiros são:





  • Afoxé
  • Agogô
  • Atabaque
  • Berimbau
  • Tambor

No período 1810-1030era comum evitar uma maioria de escravos da mesma etnia numa mesma senzala


Até o século XIX os batuques dos negros eram estimulados por serem válvulas de escape e acentuarem as diferenças entre as diversas nações africanas


Mestre Pastinho instituiu o informe dos angoleiros com as cores do seu time o Ypiranga de Salvador (Bahia).

Culinária

Abará
Bolinho de origem afro-brasileira feito com massa de feijão fradinho temperada com pimenta, sal, cebola e azeite-de-dendê, algumas vezes com camarão seco, inteiro ou moído e misturado a massa que é embrulhada em folha de bananeira e cozida em água (No candomblé, e comida-de-santo oferecida a Tansã, Obá e Ibeji).

Quibebe
Prato típico do Nordeste, de origem africana, feito de carne-de-sol ou com charque, refogado e cozido com abóbora. Tem a consistência de uma papa grossa e pode ser temperado com azeite-de-dendê e cheiro verde.

História da Feijoada

A feijoada, um dos pratos mais famosos da culinária afro-descendente, se originou por meio dos costumes dos escravos africanos. O prato consiste na mistura de feijão preto, carne de porco, farofa, entre outros ingredientes.Na época de escravidão, os senhores não comiam partes menos nobres do porco, como orelhas, rabos, ou pés e davam tais partes aos seus escravos.Como a alimentação dos mesmos era baseada apenas em cereais, como milho e feijão, resolveram pegar as partes do porco que eram rejeitadas e juntá-las com o feijão, cozinhando tudo em um mesmo recipiente, além de adcionar água, sal e pimentas diversas à mistura. Estava feita a primeira feijoada.




África ♥
esse vídeo mostra um pouquinho do que África é!

http://www.youtube.com/watch?v=7Ph1mpTr5Fc

Barack Obama, o primeiro presidente negro dos Estados Unidos


Barack Hussein Obama II nasceu em 4 de agosto de 1961 em Honolulu, no estado americano do Havaí, filho de Barack Obama, Sr., um economista queniano, nascido em Nyang’oma Kogelo, distrito de Siaya, Quénia e de Ann Dunham, antropóloga americana, branca, nascida em Wichita, no estado do Kansas, Estados Unidos. Seus pais conheceram-se enquanto frequentavam a Universidade do Havaí em Manoa, onde seu pai era um estudante estrangeiro.

Eles separam-se quando Obama tinha dois anos de idade, divorciando-se em seguida. Seu pai retornou ao Quênia, encontrando-se com o filho apenas mais uma vez antes de falecer em um acidente de automóvel em 1982, quando seu filho Obama tinha vinte e um anos.

Após o seu divórcio, Ann Duham casou-se com o indonésio Lolo Soetoro. A família mudou-se para o país natal de Soetoro em 1967, tendo Obama frequentado escolas em Jakarta até os dez anos de idade. Ele então retornou para Honolulu para morar com seus avós maternos. Em Honolulu, frequentou a escola Punahou, desde a quinta série do ensino elementar americano, em 1971, até a graduação no ensino secundário, em 1979, com 18 anos.

A mãe de Obama retornou ao Havaí em 1972, quando o filho tinha 11 anos, lá permanencendo por muitos anos. Voltou à Indonésia por alguns períodos para o desenvolvimento de trabalho de campo. Ela defendeu tese de doutoramento em antropologia pela Universidade do Havaí em 1992. Faleceu de câncer nos ovários em 1995, quando Obama tinha 34 anos.
Já adulto, Obama admitiu ter usado cocaína, maconha e álcool durante o ensino médio, tendo classificado, em evento na atual campanha eleitoral como seu maior erro do ponto de vista moral.

Após concluir o ensino secundário, com 17 anos, Barack Obama mudou-se para Los Angeles, onde estudou no Occidental College por dois anos.Em 1981, com 20 anos, transferiu-se para a Universidade de Columbia, em Nova Iorque, onde graduou-se 2 anos depois em ciência política, com especialização em relações internacionais. Seu pai faleceu neste período. Obama obteve o título de bacharel de artes em 1983, com 22 anos, quando foi trabalhar por um ano na empresa Business International Corporation, hoje parte do grupo que publica a revista The Economist[15] e em seguida para a organização sem fins lucrativos New York Public Interest Research Group.
Após quatro anos na cidade de Nova Iorque, Obama mudou-se para Chicago com 24 anos, para trabalhar como agente comunitário entre junho de 1985 a maio de 1988 como diretor da Developing Communities Project (DCP), uma associação comunitária religiosa originalmente composta por oito paróquias católicas, na região da grande Roseland (Roseland, West Pullman, e Riverdale) ao sul de Chicago.Nos seus três anos como diretor da DCP, sua equipe passou de 1 para 13 pessoas e seu orçamento anual cresceu de 70 mil dólares para 400 mil dólares, tendo conseguido, entre outros resultados, auxiliar :

* a criação de um programa de educação para o trabalho,
* a criação de um programa de mentoria para a preparação para o estudo universitário, e
* o estabelecimento de uma organização de defesa dos direitos de inquilinos na região de Altgeld Gardens, em Chicago.

Obama também trabalhou como um consultor e instrutor para a fundação Gamaliel, um instituto que dá consultoria e treinamento para associações comunitárias. Em meados de 1988, com 27 anos, ele viajou pela primeira vez para a Europa, onde permaneceu por três semanas, indo em seguida ao Quênia, onde permaneceu por cinco semanas, lá encontrando-se pela primeira vez com alguns de seus parentes.

Obama ingressou na escola de direito de Harvard no final do mesmo ano de 1988. Ao final do seu primeiro ano na escola, foi escolhido como editor da revista Harvard Law Review, em função das suas notas e de uma competição de redação.Em seu segundo ano na escola, foi escolhido presidente da revista, uma posição voluntária de tempo-integral, assumindo as responsabilidades de editor-chefe e supervisionando a equipe de 80 editores.A eleição de Obama como primeiro presidente afro-americano da revista teve ampla cobertura jornalística, sendo objeto de longas reportagem sobre ele.Ele obteve o título de doutor em direito por Harvard em 1991, com 30 anos, graduando-se com louvor. Retornou então para Chicago onde já havia trabalhado, inclusive nos períodos de férias de verão de 1989 e 1990, para os escritórios de direito Sidley & Austin e Hopkins & Sutter, respectivamente.

Em 1992, casa-se com Michelle Obama.

A publicidade associada à sua eleição como primeiro afro-americano presidente da Harvard Law Review resultou em um contrato e adiantamento para que ele escrevesse um livro sobre questões relacionadas à raça.Em um esforço para contratar Obama para o seu corpo docente, a escola de direito da Universidade de Chicago ofereceu a ele uma posição em pesquisa e um escritório onde poderia trabalhar no seu livro. Ele planejara terminar o livro em um ano, no entanto a tarefa consumiu muito mais tempo à medida que evoluiu para um livro de memórias. A fim de trabalhar sem interrupções, Obama e sua esposa, viajaram para Bali, onde passou meses escrevendo. O manuscrito foi finalmente publicado como Dreams from My Father em meados de 1995, quando Obama estava com 34 anos.

Obama dirigiu a iniciativa Project Vote em Illinois entre abril e outubro de 1992. O projeto, voltado para o registro de eleitores, contava com 10 funcionários e 700 voluntários. Ele atingiu seu objetivo de registrar 150 mil dos 400 mil afro-americanos não registrados do Estado, motivando a revista Crain's Chicago Business a incluir, em 1993, Obama na sua lista de líderes promissores com menos de 40 anos.

Obama ensinou direito constitucional na escola de direito da Universidade de Chicago por doze anos.

Em 1993, Obama juntou-se à firma Davis, Miner, Barnhill & Galland, um escritório de direito composto por 12 advogados especializado em casos de direitos individuais e desenvolvimento econômico de vizinhanças, atuando como advogado associado por três anos, entre 1993 e 1996. Entre 1996 a 2004 possuiu o título de Counsel, posição de maior independência, não tendo porém atuado entre 2002 e 2004.

Em 1992, Obama foi membro fundador da mesa diretora da organização sem fins lucrativos Public Allies, renunciando ao cargo antes de sua esposa tornar-se a primeira diretora executiva da Public Allies, Chicago, no início de 1993.Entre 1993 e 2002, foi membro da mesa diretora da fundação filantrópica Woods Fund of Chicago, que, em 1985, foi a primeira fundação a financiar o trabalho de Obama no DCP. Participou da mesa diretora da fundação Joyce entre 1994 e 2002.. Entre 1995 e 2002 atuou na mesa diretora do Chicago Annenberg Challenge, tendo sido fundador e presidente. Participou também da mesa diretora das seguintes organizações: Chicago Lawyers' Committee for Civil Rights Under Law, Center for Neighborhood Technology, e Lugenia Burns Hope Center.

Nelson Mandela



Mandela envolveu-se na oposição ao regime do Apartheid, que negava aos negros (maioria da população) direitos políticos, sociais e econômicos. Uniu-se ao Congresso Nacional Africano (conhecido no Brasil pela sigla portuguesa, CNA, e em Portugal pela sigla inglesa, NAC) em 1947, e dois anos depois fundou com Walter Sisulu e Oliver Tambo (entre outros) uma organização mais dinâmica, a Liga Jovem do NCA/ANC

Depois da eleição de 1948 dar a vitória aos africânderes Partido Nacional apoiantes da política de segregação racial, Mandela tornou-se activo no CNA, tomando parte do Congresso do Povo (1975) que divulgou a Carta da Liberdade - documento contendo um programa fundamental para a causa antiapartheid.

Comprometido de início apenas com actos não violentos, Mandela e seus colegas aceitaram recorrer às armas após o massacre de Sharpeville (21 de Março de 1960), quando a polícia sul-africana atirou em manifestantes negros, desarmados, matando 69 pessoas e ferindo 180 - e a subsequente ilegalidade do CNA e outros grupos antiapartheid.

Em 1961 tornou-se comandante do braço armado do ANC, o chamado Umkhonto we Sizwe ("Lança da Nação", ou MK), fundado por ele e outros. Mandela coordenou uma campanha de sabotagem contra alvos militares e do governo, fazendo também planos para uma possível guerrilha se a sabotagem falhasse em acabar com o apartheid; também viajou em coleta de fundos para o MK, e criou condições para um treinamento e atuação paramilitar do grupo.

Em agosto de 1962 Nelson Mandela foi preso e sentenciado a 5 anos de prisão por viajar ilegalmente ao exterior e incentivar greves. Em 02 de junho de 1967 foi sentenciado novamente, dessa vez a prisão perpétua (apesar de ter escapado de uma pena de enforcamento), por planejar ações armadas, em particular sabotagem (o que Mandela admite) e conspiração para ajudar outros países a invadir a África do Sul (o que Mandela nega). No decorrer dos vinte e seis anos seguintes, Mandela se tornou de tal modo associado à oposição ao apartheid que o clamor "Libertem Nelson Mandela" se tornou bandeira de todas as campanhas e grupos antiapartheid ao redor do mundo.

Enquanto estava na prisão, Mandela enviou uma declaração para o NCA (e que viria a público em 20 de Junho de 1980) em que dizia: "Unam-se! Mobilizem-se! Lutem! Entre a bigorna que é a ação da massa unida e o martelo que é a luta armada devemos esmagar o apartheid!" [1]

Recusando trocar uma liberdade condicional pela recusa em cessar o incentivo a luta armada (Fevereiro de 1985), Mandela continuou na prisão até Fevereiro de 1990, quando a campanha do ANC e a pressão internacional conseguiram que ele fosse libertado em 11 de fevereiro, por ordem do presidente Frederik Willem de Klerk. O ANC também foi tirado da ilegalidade.

Nelson Mandela recebeu em 1989 o Prêmio Internacional Al-Gaddafi de Direitos Humanos, e em 1993, com de Klerk, recebeu o Nobel da Paz, pelos esforços desenvolvidos no sentido de acabar com a segregação racial. Em Maio de 1994, tornou-se ele próprio o presidente da África do Sul, naquelas que foram as primeiras eleições multirraciais do país. Cercou-se, para governar, de personalidades do ANC, mas também de representantes de linhas políticas.

terça-feira, agosto 17, 2010

Religião

Os negros trazidos da África como escravos geralmente eram imediatamente batizados e obrigados a seguir o Catolicismo. A conversão era apenas superficial e as religiões de origem africana conseguiram permanecer através de prática secreta ou o sincretismo com o catolicismo.
Algumas religiões afro-brasileiras ainda mantém quase que totalmente suas raízes africanas, como é o caso do Candombé e do Xangô do Nordeste; outras formaram-se através do sincretismo religioso, como o Batuque, o Xambá e a Ubanda. Em maior ou menor grau, as religiões afro-brasileiras mostram influências do Catolicismo e da encantaria europeia, assim como da pajelança ameríndia. O sincretismo manifesta-se igualmente na tradição do batismo dos filhos e o casamento na Igreja Católica afro-brasileiro.
Já no Brasil colonial os negros e mulatos, escravos ou forros, muitas vezes se associavam em irmandades religiosas católicas. A irmandade de Boa More e a Irmandade de Nossa senhora do Rosário dos Homens Pretos foram das mais importantes, servindo também como ligação entre o catolicismo e as religiões afro-brrasileiras. A própria prática do catolicismo tradicional sofreu influencia africana no culto de santos de origem africana como São Benedito, Santo Elesbão, Santa Elesbão, Santa Efigênia e Santo Antônio de Noto (Santo Antônio do Categeró ou Santo Antônio Etíope); no culto preferêncial de santos facilmente associados com os orixás africanos como São Cosme e Damião (ibeijis), São Jorge (Ogum no Rio de Janeiro), santa Bárbara (Tansã), entre outros ; na criação de novos santos populares como a Escrava Anastácia; e em ladainhas, rezas e festas religiosas (como a lavagem do Bonfim onde as escadarias da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim em Salvador, Bahia são lavadas com água de cheiro pelas filhas-de-santo do candombé).
As igrejas pentencostais do Brasil, que combatem as religiões de origem africana, na realidade tvárias influências destas como se nota em práticas como o batismo do Espírito Santo e crenças como a de incorporação de entimidades espirituais (vistas como malefícios). Enquanto o Catolicismo nega a existência de orixás e guias, as igrejas pentencostais acreditam na sua existência, mas como demônios.
Segundo o IBGE, 0,3% dos brasileiros declaran seguir religiões de origem africana, embora um número maior de pessoas sigam essas religiões da forma reservada.
Inicialmente desprezadas, as religiões afro-brasileiras foram ou são praticadas abertamente por vários intelectuais e artistas importantes como Jotge Amado, Vinicíus de Moraes, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia que frentava o terreiro da mãe menininha), Fernando Coelho,Gilberto Freye e José Benise (que foi iniciado no candombé Ketu).

Etapas do projeto 2010

Juliana Cardoso de Campos

Etapas do projeto 2010

"20 anos do Colégio 14 de Julho”

Em abril/2010, os alunos dos 6ºs anos realizaram pesquisas sobre todos os temas que serão desenvolvidos no projeto:

• Educação para o trânsito
• Cultura afro
• Copa do mundo
• Ano da biodiversidade

Em maio/2010, os alunos dos 6ºs anos realizaram uma pesquisa sobre o tema específico:

• Afro-descendentes famosos (brasileiros)
• Herança da língua
• As mudanças da legislação em relação à cultura a aos direitos afro-descendentes

Depois de ter lido e relido todos os temas, fizemos uma roda de debate em sala de aula, sobre a cultura afro (tema específico dos 6ºs anos). Nessa roda, conseguimos compreender melhor o assunto e debater com os colegas

Entrevista

Entrevistadora: O que você aprendeu na roda de debate?
Aluna Beatriz Costa: Aprendi muitas coisas, como por exemplo, sobre a legislação dos afro-descendentes.
Entrevistadora: Em que o debate mais te ajudou?
Aluna Beatriz Costa: Em fixar os assuntos citados no debate sobre a cultura afro.
Entrevistadora: Qual a importância do debate para os alunos?
Aluna Beatriz Costa: O debate é importante para esclarecer todas as nossas dúvidas sobre o assunto, expressar o nosso ponto de vista e trocar idéias com os colegas.

Em junho/2010, fizemos o painel “Você sabia?”, onde relatamos algumas curiosidades sobre os afro-descendentes (famosos e não famosos), para não só os 6ºs anos compreenderem, mas também para os outros alunos do colégio.
Também colocamos no painel, algumas das palavras que herdamos da cultura afro, como: bagunça, macaco, moleque, dengo, etc...

quarta-feira, agosto 11, 2010

Rei Pelé


Edison Arantes do Nascimento, mais conhecido como Pelé, nasceu em Três Corações em 23 de outubro de 1940 é um ex-futebolista brasileiro que atuava como meia-atacante.
Pelé é considerado por muitos como o maior jogador da história do futebol, tendo fama internacional na condição de futebolista. Recebeu o título de Atleta do Século de todos os esportes em 15 de maio de 1981, eleito pelo jornal francês L'Equipe. No fim de 1999, Comitê Olímpico Internacional, após uma votação internacional entre todos os Comitês Olímpicos Nacionais associados, também elegeu Pelé o "Atleta do Século".
Com onze anos já jogava em um time infanto-juvenil, o Canto do Rio, cuja idade mínima para participar era de treze anos. O pai então o estimulou a montar o seu próprio time: chamou-o Sete de Setembro. Para adquirir material, como bolas e uniformes, os garotos do time chegaram a furtar produtos nos vagões estacionados da Estrada de Ferro Sorocabana para vender em entrada de cinema e praças.
Um fato que destacou a importância de Pelé no exterior foi quando de sua visita a África em 1969. No transcorrer da guerra civil na África, para que Pelé e o time do Santos FC transitassem em segurança entre Kinshasa e Brazzaville, as forças rivais declararam a interrupção das agressividades, chegando a ocorrer, numa região de fronteira, a transferência da delegação sob tutela de um exército para o outro.
Pelé começou sua carreira no Santos FC, em 1956 e disputou sua primeira partida internacional com a seleção brasileira dez meses depois. Nos anos 1960 foi convidado para jogar fora do Brasil, na Europa, mas preferiu ficar no seu clube de coração, o Santos.
Em 2000, na conturbada eleição de Melhor Jogador do Século da FIFA, Pelé foi aclamado como o melhor de todos os tempos, a frente do craque argentino Diego Maradona.

Partidas: 1375
Gols: 1284
Média de Gols por Partida: 0,93
Atleta do século
Recorde de gols em uma partida: oito gols, em 21 de novembro de 1964, na partida Santos 11 a 0 Botafogo de Ribeirão Preto (superado por Dadá Maravilha na década de 1970).
Partidas pela seleção brasileira: 115 (92 oficiais)
Gols pela seleção brasileira: 95

terça-feira, agosto 10, 2010

Quem foi Machado de Assis?

Joaquim Maria Machado de Assis que nasceu no Rio de Janeiro no dia 21 de Junho de 1839 foi dramaturgo, romancista, contista, jornalista, cronista e teatrólogo brasileiro, considerado como o maior nome da literatura brasileira e um dos mais influentes escritores e romancistas da literatura mundial. Sua extensa obra constitui- se de nove romances e nove peças teatrais, 200 contos, cinco coletâneas de poemas e sonetos, e mais de 600 crônicas.
No dia 20 de julho de 1897 com iniciativa de Lúcio Mendonça, fundou a Academia Brasileira de Letras.
A obra ficcional de Machado de Assis tendia para o Romantismo em sua primeira fase, mas converteu-se em Realismo na segunda, na qual sua vocação literária obteve a oportunidade de realizar a primeira narrativa fantástica e o primeiro romance realista brasileiro em Memorias Póstumas de Brás Cubas . Ainda na segunda fase, Machado produziu obras que mais tarde o colocariam como especialista na literatura em primeira pessoa (como em Dom Casmurro, onde o narrador da obra também é seu protagonista). Como jornalista, além de repórter, utilizava os periódicos para a publicação de crônicas, nas quais demonstrava sua visão social, comentando e criticando os costumes da sociedade da época, como também antevendo as mutações tecnológicas que aconteceriam no século XX, tornando-se uma das personalidades que mais popularizou o gênero no país.
Machado de Assis morreu no dia 29 de setembro de 1908 aos 69 anos, no Rio de Janeiro.